
Tradicionalmente, a reserva de emergência é apresentada como um pilar essencial da educação financeira. Trata-se de um montante de dinheiro guardado para lidar com imprevistos, como acidentes, problemas de saúde ou a perda de emprego. Embora seu objetivo seja oferecer segurança, a própria ideia de “emergência” expressa uma força psicoemocional significativa. A palavra evoca cenários de crise e urgência, o que pode influenciar negativamente nossa percepção e relacionamento com o dinheiro.
O Paradoxo de não fazer uma reserva de emergência
E se o problema não fosse a reserva em si, mas o conceito que a envolve? Estudos em neurociência e psicologia sugerem que nossos pensamentos moldam a forma como percebemos e enfrentamos situações. A ideia de “reserva de emergência” pode gerar uma associação com dificuldade e sofrimento, aumentando a probabilidade de atrair situações adversas para justificar o uso desse dinheiro (Mlodinow, 2022)).

Em vez disso, que tal criar uma “reserva de vida”, “reserva de paz” ou “reserva de prosperidade”? Além de mudar o significado da poupança, essa abordagem promove um relacionamento mais saudável com as finanças, alinhado com sentimentos de segurança e abundância. Pesquisas sobre a capacidade humana de cocriar realidades, como as conduzidas no campo da psicologia positiva, reforçam que o foco em intenções positivas pode transformar a forma como vivemos e enfrentamos desafios (Fredrickson, 2001, Seligman, 2011).
Redefinindo a forma como você reserva dinheiro
Sua reserva financeira está ligada a sentimentos de medo ou de segurança? Se você a associa apenas a emergências, talvez esteja cultivando uma relação ansiosa com o dinheiro. Repensar o nome e o objetivo dessa reserva é um ato de autoconhecimento e planejamento.
Que tal criar um fundo que represente suas metas e seus sonhos? Uma “reserva de paz” para momentos de descanso, crescimento ou projetos de vida? O dinheiro reservado dessa forma se torna um instrumento de prosperidade e não um lembrete constante de possíveis dificuldades.
Agora, pergunto a você: como tem conduzido sua vida financeira no que diz respeito às reservas que faz? Você acredita que o conceito de “reserva de paz” pode transformar seu relacionamento com o dinheiro? Deixe sua opinião, adoraria saber o que pensa sobre o tema.
Referências
Mlodinow, Leonard. Emocional: A nova neurociência dos afetos. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.Fredrickson, B. L. (2001). The role of positive emotions in positive psychology: The broaden-and-build theory of positive emotions. American Psychologist, 56(3), 218–226. https://doi.org/10.1037/0003-066X.56.3.218
Fredrickson, B. L. (2001). The role of positive emotions in positive psychology: The broaden-and-build theory of positive emotions. American Psychologist, 56(3), 218–226. https://doi.org/10.1037/0003-066X.56.3.218
Seligman, Martin E. P. Florescer. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
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