Muitos acreditam que ter um consultório próprio é sinônimo de renda incerta, instabilidade e ausência de salário fixo. Essa ideia, repetida ao longo dos anos, cria medo e insegurança em profissionais que sonham com a autonomia.
Eu mesma vivi esse dilema. Antes de abrir meu consultório, trabalhei como funcionária pública por mais de 11 anos. Tinha um salário fixo, mas também acumulava dívidas que consumiam integralmente meu rendimento mensal. Quando decidi migrar para o consultório, em 2019, o medo da instabilidade financeira parecia inevitável.
Mas a verdade é que descobri algo libertador: a oscilação de renda no consultório é um mito. E hoje vou compartilhar como essa transformação aconteceu na minha vida, mostrando que é possível ter saúde financeira, emocional e qualidade de vida como autônoma.
Em 2019, mesmo com estabilidade profissional, percebi que meu salário não representava segurança. Todo o valor que entrava na conta saía automaticamente para quitar dívidas. Era como correr em uma esteira: esforço constante, mas sem sair do lugar.
Essa constatação me obrigou a repensar não só minha vida financeira, mas também minha forma de consumir, viver e trabalhar. Foi nesse momento que o consultório deixou de ser um complemento e passou a ser minha fonte principal de renda.
No início, eu faturava menos de R$ 2.000 por mês. Hoje, após amadurecimento emocional e planejamento consciente, minha renda média mensal gira em torno de R$ 11.000, trabalhando 6h por dia, três dias por semana— suficiente para manter minha vida pessoal e profissional com estabilidade e tranquilidade.
O maior aprendizado dessa jornada foi perceber que dinheiro não é apenas matemática: ele reflete diretamente nosso estado emocional.
Antes, meu consumo estava atrelado às minhas faltas e dificuldades. Gastava para compensar vazios. Quando entendi que precisava honrar meu trabalho e o dinheiro que ele me proporcionava, tudo mudou.
A psicoterapia foi essencial nesse processo. Trabalhar minhas questões emocionais me ajudou a compreender que ser adulta financeiramente significava assumir responsabilidade pelo que eu gerava e pelo que consumia.
Deixei de precificar meus atendimentos pela emoção e passei a calcular com base em dados concretos: despesas fixas, ponto de equilíbrio e valor justo de mercado.
Busquei aprender a organizar minhas finanças pessoais e do consultório. Entendi que meu salário final não dependia da “sorte do mês”, mas da soma de pequenas escolhas conscientes: sessão após sessão, semana após semana.
Pare de tratar o caixa do consultório como se fosse um caixa eletrônico disponível a qualquer momento. Esse dinheiro é resultado de horas de vida dedicadas ao trabalho e deve ser respeitado.
Passei a priorizar experiências e compras alinhadas aos meus valores. Isso não significou viver em privações, mas sim consumir de forma mais prazerosa e coerente.
Criei fundos tanto pessoais quanto profissionais. Eles garantem que minhas contas sejam pagas mesmo em períodos de férias, finais de ano ou adversidades inesperadas.
Honrar o dinheiro é reconhecer que ele é fruto do meu esforço e do meu tempo de vida. Essa consciência me trouxe:
Paz emocional e financeira.
Liberdade para declinar trabalhos que não estão alinhados ao meu propósito.
Segurança para estabelecer preços justos.
Autoconfiança para crescer de forma sustentável.
Esse processo não apenas estabilizou minhas finanças, mas também fortaleceu meu consultório, que prosperou junto comigo.
A renda no consultório só parece oscilar quando não há:
Planejamento financeiro.
Precificação justa.
Reserva estratégica.
Consciência emocional sobre consumo.
Quando esses pilares estão firmes, a renda se torna previsível, estável e até mais vantajosa do que o salário fixo idealizado.
Hoje, vivo melhor e com mais liberdade do que nos anos em que dependia do serviço público.
A jornada de sair do serviço público para viver exclusivamente do consultório mostrou que o mito da oscilação de renda não passa de uma crença limitante.
O que faz a diferença é honrar o trabalho, organizar as finanças e amadurecer emocionalmente. Dessa forma, o consultório deixa de ser uma fonte de incertezas e se torna um espaço de prosperidade, paz e liberdade.
Na Asessoria Sistêmica, ajudo profissionais como você a enxergarem os números com clareza, estruturarem seu consultório com consciência e honrarem o próprio trabalho sem abrir mão da qualidade de vida.
O próximo passo rumo à sua liberdade e prosperidade está a apenas um clique.
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